Mais da metade da carga transportada no país é realizada via transporte rodoviário e este fato tende a crescer a cada dia.
Com as implementações nos recursos de aplicativos de frete, foi gerando um aumento de 38% na procura pelos serviços só no primeiro trimestre de 2022, movimentando cerca de R$49 bilhões no período.
A situação intensificou a presença digital de motoristas, com um aumento de 165% de profissionais em novembro (em relação ao ano anterior) e, mesmo assim, não houve a saturação do mercado.
Associando-se isso à baixa dos combustíveis, o cenário é de projeções positivas, mas as empresas de transporte não podem prescindir da estratégia para se manterem competitivas.
Isso porque um dos maiores desafios para o setor continua sendo as tributações: cerca de 20% da receita bruta arrecadada na área vai para a regularização de impostos.
Deste modo, a elaboração assertiva de um planejamento tributário para empresas de Transporte é a melhor estratégia para a menor tributação para o transportador.
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O que é planejamento tributário?
Como já abordado, por mais que uma empresa de transportes tenha uma boa gestão e presença de mercado, a escalabilidade pode ser complexa, caso o gestor não se prepare corretamente para as manobras necessárias para contornar os obstáculos que a alta carga tributária impõe ao setor no Brasil.
E a ferramenta certa para isso é a adoção de um planejamento tributário. Essencial para a legalização e redução de custos em qualquer negócio, ele reúne um conjunto de metodologias que vão muito além do cumprimento e controle das obrigações fiscais.
É por meio do planejamento tributário que uma empresa de transportes consegue a definição de um regime tributário coerente com suas demandas e necessidades.
A prática é totalmente legal e diferencia-se da sonegação fiscal por não envolver tentativas de omitir informações ou burlar leis, mas toma por base conhecimentos específicos da legislação tributária que incide sobre empresas de transportes para elaborar soluções inteligentes para os negócios.
Isso é alcançado por meio do mapeamento de tributos pagos, busca por aproveitamento de benefícios e isenções fiscais, e o levantamento de oportunidades de diminuição de custos.
Especificamente, os principais impostos sobre uma empresa de transportes são:
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
- Programa de Integração Social (PIS);
- Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ);
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
- Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS);
- Imposto sobre Serviços (ISS).
Paralelamente, um suporte profissional de qualidade na criação e operacionalização de um planejamento tributário para empresas de transporte assertivo desonera a gestão de atividades burocráticas acessórias e permite um foco mais estratégico em seu core business.
Como reduzir legalmente a carga tributária sobre a empresa de transportes
Para reduzir legalmente a carga tributaria sobre uma empresa, o planejamento tributário para empresas de transporte pode ser desenvolvido de três diferentes formas, mitigando gargalos tanto do ambiente interno quanto oriundos do cenário mercadológico.
Entretanto, qualquer estratégia só é eficiente se inserida em um regime tributário assertivo.
A tomada de decisão deve ser baseada em um planejamento tributário feito com correção, pois não é possível fazer a mudança do regime durante o exercício fiscal – que é o período compreendido entre o primeiro e último dia de um ano calendário.
Deste modo, contar com uma contabilidade experiente em empresas de transporte, de modo que uma escolha imprudente pode custar caro aos caixa da empresa.
Conheça agora os principais regimes tributários e suas vantagens.
Simples Nacional
Desenvolvido para simplificar o recolhimento de tributos de empresas de micro e pequeno porte, com alíquotas mais baixas e o recolhimento de todos os impostos devidos em uma guia única, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
Entretanto, o Simples está disponível apenas para empresas cujo faturamento bruto anual não ultrapasse a margem de R$4,8 milhões ao ano.
Lucro Presumido
Neste regime se enquadram melhor as empresas de transporte que faturam até R$78 milhões por ano, em que a prestação de serviços atinge 32% do faturamento bruto, e as atividades comerciais 8%.
O Lucro Presumido realiza uma projeção das margens de lucro e estabelece alíquotas de 15% em relação ao lucro sobre o IRPJ se a margem se enquadrar na faixa de até R$20 mil mensais.
Em caso de excedência desse valor, ocorre um acréscimo de 10% na tributação. Portanto, vale destacar o suporte de uma contabilidade especializada na análise de adequação do perfil da empresa.
Lucro Real
Este regime tributário é voltado para empresas com faturamento superior a R$78 milhões. As alíquotas nesta modalidade são calculadas conforme o lucro líquido.
O cálculo é feito por meio da subtração das despesas sobre o valor da receita. É aplicado sobre o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), variando entre 24% e 34%.
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